O guitarrista da banda punk norte-americana Pennywise, Fletcher Dragge, disse há pouco ao Estadao.com.br que a banda resolveu romper com o vocalista, Jim Lindberg, porque este se recusou a fazer a turnê pelo Brasil. 'Primeiro, ele argumentou que não iria porque era uma turnê muito longa. Eu disse: 'O quê? Uma turnê de 10 dias? Longa?' Ele disse: 'É muito tempo'.'

Segundo Dragge, que falou por telefone, de sua casa em Los Angeles, os problemas com Lindberg já se acumulavam havia alguns anos. 'Fizemos concessões a ele anos a fio. Mas deixamos claro que essa turnê pelo Brasil era muito importante para nós. Ele disse que não iria ao Brasil, não importava o que a gente dissesse. Mas nós achamos que devemos ir ao encontro dos nossos fãs, é a essência do que somos. 'Vamos com você ou sem você', a gente disse.
Ele respondeu: 'Então eu saio'.'

O grupo Pennywise, formado na Califórnia em 1988, toca no Via Funchal, em São Paulo, no dia 3 de dezembro, às 22h. Os ingressos custam entre R$ 160 e R$ 200. 
De acordo com o guitarrista, 'toda a existência do Pennywise tem sido baseada em igualdade, em democracia, e ele queria nos dizer como e quando deveríamos excursionar.' Dragge também disse que Jim Lindberg queixou-se de que o grupo 'sempre escolhia os lugares mais problemáticos do mundo' para fazer turnês. 'Como ele diz isso? Há uns 15 anos que a gente faz turnês pela América do Sul, as pessoas são as mais agradáveis, o público é fantástico, é um dos lugares que nos recebem melhor'.

Zoli Téglás, ex-vocalista do grupo Ignite, será o líder vocal do Pennywise em sua nova excursão pelo Brasil. 'Ele gosta de estar no palco, gosta de excursionar. Tem uma abordagem nova e fresca da música, traz uma nova energia', disse Dragge. 'Não é a primeira vez que o Jim sai da banda, mas é a primeira vez que não o queremos de volta'.

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